Delicado, suave, romântico, afrodisíaco, saudável, misterioso, bebida de vampiro, com conotação religiosa. São muitas as características do vinho. Apesar do glamour e das tradições festivas, o vinho da Antiguidade “era ingerido com água do mar e reduzido a um xarope tão espesso e turvo que tinha que ser coado num pano e dissolvido em água quente”, afirma o historiador inglês e enólogo Hugh Johnson, autor do livro “A História do Vinho”.
Na realidade, o vinho é uma bebida alcoólica feita, tradicionalmente, da fermentação da uva. Existem cinco tipos distintos de vinhos: tintos, os brancos, os rosés, os espumantes e os vinhos fortificados. Aqui no Brasil, os vinhos podem ser distinguidos quanto à classe: de mesa, leve, fino, espumante, frisante, gaseificado, licoroso e composto. Quanto à cor: tinto rosado, rosé e branco. E quanto ao teor de açúcar: nature, extra-brut, brut seco, sec ou dry meio doce, meio seco ou demi-sec, suave, doce e até vinho de kiwi. Algumas pesquisas mostram que o brasileiro consome em média até dois litros de vinho por ano. No inverno, deve aumentar o consumo para esquentar as noites.
Não há como entender o que essa bebida tão rica representa na nossa sociedade antes de passarmos por uma breve linha do tempo. O vinho possui uma longínqua importância histórica e religiosa e remonta diversos períodos da humanidade. Cada cultura conta seu surgimento de uma forma diferente.
Do ponto de vista histórico, sua origem precisa é impossível, pois o vinho nasceu inclusive antes da escrita. Os enólogos (enologia é a ciência que estuda o vinho) dizem que a bebida surgiu por acaso, por um punhado de uvas amassadas esquecidas num recipiente, que sofreram posteriormente os efeitos da fermentação. Mas o cultivo das videiras para a produção do vinho só foi possível quando os nômades se tornaram sedentários.
Os vinhedos eram cultivados em áreas interioranas e regiões conquistadas. Os romanos levavam o vinho quase como uma “demarcação de território”, uma forma de impor seus costumes e sua cultura nas áreas que conquistavam. Dessa forma, o vinho terminou virando a bebida dos legionários, dos gladiadores, das tabernas enfurnadas de bravos guerreiros. Junto com os romanos, os vinhedos chegaram à Grã-Bretanha, à Germânia e, por fim, à Gália, que mais tarde viria se chamar França, o lar do vinho.
Fonte: Portal Terra.com.br, por Nadia Heisler 07 de julho de 2008
Contribuição do confrade Normano