“...vinho, hoje no Brasil, não é mais assunto de amador. São 6 milhões de garrafas ano. Mais que o México, que consome 4 milhões. E menos que os Estados Unidos... bem, os Estados Unidos consomem 300 milhões!”
“Hoje o Brasil tem cerca de 200 importadores que oferecem cerca de 200 mil rótulos”
“Os brasileiros acreditam no vinho do novo mundo. Dois milhões de garrafas vêm do Chile, 1,7 milhão da Argentina, 700 mil da Itália. Na seqüência da preferência dos brasileiros vêm os vinhos portugueses, franceses e espanhóis. Os alemães, que em 1990 tinham 55% de nosso mercado, hoje representam apenas 2%. É que o euro ficou muito caro, o MERCOSUL ajuda os sul-americanos, e o dólar a bom preço trouxe de volta o vinho americano, que era caríssimo.”
“E quais são os brasileiros que mais consomem? São Paulo tem 40% do mercado, o Rio tem 20%, Brasília e Belo Horizonte mais 10% cada. O vinho virou moda, em todo o BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China). Mas aqui, as adegas deixam os produtores estrangeiros de queixo caído. Albert de Villaine, do Romanné Conti, veio a convite de Otávio há alguns anos, e ficou pasmo com a qualidade dos vinhos consumidos pelos brasileiros. E Otávio conta, divertido, as diferenças entre os mercados: ‘o americano coleciona, o inglês investe, e o brasileiro bebe...’”
“ ‘Começa o fim do preconceito contra o espumante nacional’ , diz ele. E dá crédito a Chandon e Salton, pela qualidade e pela produção. Dos 7 ou 8 milhões de garrafas de espumante nacional produzidas por ano, a Chandon faz 2 milhões e a Salton faz 4 milhões.”
Trechos extraídos da reportagem de Cesar Giobbi e Karla Sarquis após entrevista a Otávio Piva (importador, comerciante e produtor de vinhos no Brasil) para a coluna Personagem, Gazeta Mercantil, 11 de abril de 2008.
Contribuição do confrade Normano